Beto Castro, o gângster: conheça um pouco da história macabra do vereador que já foi preso pela Polícia Federal e pode se tornar presidente da Câmara de São Luís!

Em meio a um cenário de investigações que abalam as estruturas da Câmara Municipal de São Luís, o vereador Beto Castro (Avante) emerge como uma figura central em escândalos que vão desde desvios de emendas parlamentares até a posse de veículos roubados. Com um histórico que inclui prisão pela Polícia Federal, dois CPFs e acusações de envolvimento com grupos armados, Castro é agora apontado como o possível sucessor de Paulo Victor (PSB) na presidência da Câmara Municipal. Mas quem é, afinal, esse parlamentar que parece transitar entre a política e o submundo do crime? Esta matéria destrincha um histórico básico sobre alguns casos envolvendo Beto Castro, com base em denúncias e reportagens da mídia local, revelando um padrão de condutas que desafiam a ética e a legalidade.

Beto Castro, conhecido por sua atuação na capital maranhense, é um vereador cuja trajetória é marcada por controvérsias. Em 2022, ele foi preso pela Polícia Federal em uma operação que investigava desvios de emendas parlamentares por meio de contratos com empresas de fachada e a atuação de um grupo armado para coagir gestores municipais a repassar parte dessas verbas. Durante a operação, foi flagrado com uma arma de fogo sem registro em sua residência, o que resultou em sua prisão por posse ilegal. Solto após pagamento de fiança, Castro continuou sua carreira política, mas as denúncias não cessaram.

Em 2016, o suplente Paulo Roberto Pinto, o Carioca (PHS), fez hoje em entrevista ao programa ‘Abrindo o Verbo’, da Rádio Mirante AM, graves acusações contra o vereador Beto Castro (PROS). Durante bate-papo com o jornalista Geraldo Castro, Carioca divulgou um áudio que, segundo ele, seria de Beto Castro lhe ameaçando de morte, conforme conteúdo em anexo.

Ouça o áudio

Outro grande trunfo do vereador foi manter dois CPFs e ainda se gabar por isso, uma prática que levanta suspeitas de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro. Mesmo após as denúncias, ele seguiu utilizando os dois documentos, como revelou a imprensa local na epoca em matéria recente. Essa duplicidade, segundo especialistas, pode ser usada para ocultar patrimônio ou burlar investigações.

Veja os CPFs

O vereador pediu voto em troca de asfalto em 2016

“Essas máquinas que vocês estão olhando aqui são minhas. Esses trabalhadores são funcionários meus. Não tenho parceria com Prefeitura, nem com o Governo do Estado. Eu não to nem aí pra prefeito, nem pra nada. Votem em quem vocês quiserem”, declarou o parlamentar que disputava a reeleição na época.

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Escândalos envolvendo veículos roubados

Um dos episódios mais graves envolvendo Beto Castro é sua ligação com veículos roubados. Em duas ocasiões, ele foi acusado de circular com carros de procedência ilícita. Em uma delas, o vereador devolveu um veículo roubado à legítima proprietária após ser confrontado, mas não sem antes tentar justificar sua posse. Em outra denúncia, foi flagrado em um carro roubado durante uma caminhada política ao lado do ex-prefeito Edivaldo Júnior no bairro de Fátima, em São Luís. Esses casos reforçam a suspeita de que Castro mantém relações com atividades criminosas, como roubo e receptação.

Ameaça de morte a suplente

O empresário Paulo Roberto Pinto, mais conhecido como Carioca (PHS), tomou posse, em junho de 2016 com vereador de São Luís após cassação do vereador Beto Castro à época. Em seu pronunciamento, revelou que estava sendo ameaçado de morte por Beto Castro (Pros), cassado por 6 votos a 1 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uso de identidade falsa na eleição de 2012.

Outro ponto nebuloso é o patrimônio do vereador, que, segundo denúncias levantadas por um suplente, não condiz com sua renda declarada. A suspeita é de enriquecimento ilícito, possivelmente ligado ao desvio de verbas públicas ou à prática de agiotagem, um crime comum em esquemas envolvendo políticos no Maranhão. A opacidade sobre suas finanças só aumenta as dúvidas sobre a legitimidade de sua atuação pública.

A disputa pela presidência da Câmara

Apesar do extenso histórico de denúncias, Paulo Victor, atual presidente da Câmara, parece disposto a apoiar Beto Castro para sucedê-lo no comando da Casa. A escolha levanta questionamentos sobre os critérios adotados para a condução de um cargo tão relevante, especialmente em um momento em que a Câmara de São Luís já enfrenta descrédito devido a investigações envolvendo Beto Castro e o próprio presidente Paulo Victor, além de outros vereadores. A possível ascensão de Beto é vista como um sinal de que a política local continua refém de interesses obscuros, onde a impunidade prevalece sobre a accountability.

O caso de Beto Castro não é um fato isolado. Ele reflete um sistema político que, por décadas, tem sido permeado por práticas como clientelismo, corrupção e conivência com o crime organizado. A insistência em manter figuras como Castro em posições de poder sugere uma desconexão entre a classe política e as demandas da sociedade por transparência e ética. Enquanto investigações da Polícia Federal e do Ministério Público avançam, a população de São Luís clama por mudanças que garantam a renovação e a moralidade na gestão pública.

O que o futuro reserva

Com a proximidade das eleições para a presidência da Câmara, os olhos da sociedade civil e da imprensa estão voltados para as movimentações de Paulo Victor e Beto Castro. A pressão popular e a atuação de órgãos fiscalizadores serão cruciais para evitar que a Casa Legislativa seja liderada por alguém com um passado tão comprometedor. O futuro político de São Luís depende de uma escolha que priorize a integridade em vez da perpetuação de velhas práticas.