As recentes agendas do pré-candidato a deputado Paulo Victor no interior do Maranhão, com passagens por Vargem Grande, Presidente Vargas e Anapurus, estão agitando os bastidores da política local. Embora suas movimentações sejam divulgadas como um estreitamento de laços, nos corredores políticos há uma análise mais incisiva sobre sua tentativa de aproximação com o pré-candidato ao governo, Orleans Brandão.
O que chama a atenção nessas visitas é o perfil das cidades escolhidas: todas são atualmente governadas pelo PT ou por partidos que apoiam de perto o PT e seus aliados, incluindo o atual vice-governador do estado. Essa forte base de Paulo Victor em um determinado campo ideológico levanta sérias dúvidas sobre a genuinidade de sua busca por uma aliança com Orleans Brandão.
Para muitos nos bastidores, a leitura é clara e direta: a tentativa de aproximação de Paulo Victor com Orleans Brandão não passa de uma estratégia de “lobo em pele de cordeiro”. A perplexidade se instala ao observar como um político tão ligado a prefeitos da base petista e com conexões com o vice-governador pode, ao mesmo tempo, buscar uma união com Orleans Brandão, que representa uma esfera política distinta.
Essa movimentação é vista como uma manobra para ampliar sua influência e testar os limites de suas articulações, sem um real compromisso com o projeto político de Orleans Brandão. A grande questão é: por que Paulo Victor, com sua trajetória e base já tão bem definidas no campo da esquerda e entre os aliados do PT, estaria se aproximando de outro grupo?
A agenda de Paulo Victor, que intensifica suas visitas a municípios com forte apoio do PT e aliados, solidificando sua base, enquanto simultaneamente tenta transitar por outros grupos políticos, merece a atenção do eleitorado. É fundamental acompanhar de perto para que se desvende se essa “aproximação” é de fato uma aliança ou apenas uma tática para ganhos futuros no complexo tabuleiro eleitoral do Maranhão.