
Possível pré-candidatura da primeira-dama é vista por opositores como um movimento arriscado e levanta debate sobre o uso da máquina pública; nome da ex-prefeita França do Macaquinho é usado como contraponto.

SANTA LUZIA – O cenário político no município de Santa Luzia começa a aquecer com vistas às próximas eleições para a Assembleia Legislativa. O atual prefeito, Juscelino Marreca, tem sido alvo de duras críticas por parte da oposição e de observadores locais devido à sua suposta articulação para lançar sua esposa como pré-candidata a deputada estadual.
Segundo relatos de grupos opositores, o prefeito estaria se movimentando para “emplacar” o nome da primeira-dama a qualquer custo. Críticos apontam que pesquisas de opinião estariam sendo encomendadas na região, incluindo o nome da esposa do prefeito com o explícito apoio de Marreca, numa tentativa de validar sua viabilidade eleitoral.
A principal crítica levantada é a suposta falta de capital político e de “história política” da primeira-dama. Para esses críticos, a tentativa de lançá-la demonstra uma falta de coerência do atual gestor, que estaria apostando em um nome sem força eleitoral própria.
Comparação com França do Macaquinho
A movimentação do prefeito inevitavelmente levanta comparações com a ex-prefeita França do Macaquinho. Liderança consolidada na região, França governou Santa Luzia por oito anos consecutivos e ainda é considerada por muitos uma “gigante” política.
Membros da oposição questionam se a esposa de Marreca, mesmo com o apoio da prefeitura, teria densidade eleitoral para competir com o legado da ex-prefeita. “França, mesmo sozinha, ainda demonstra uma força política que parece distante da nova aposta do prefeito”, comentou uma fonte ligada à política local que preferiu não se identificar.
Preocupação com Gastos Públicos
Além do debate sobre a viabilidade eleitoral, a articulação de Juscelino Marreca levanta sérias preocupações sobre a saúde financeira do município. Opositores alegam que o esforço para eleger a esposa pode representar um risco para os cofres públicos.
A acusação é que o prefeito estaria disposto a “afundar mais ainda o município com dívidas e gastos”, utilizando a máquina pública para beneficiar a pré-candidatura da primeira-dama. Cresce o temor de que recursos que deveriam ser destinados a serviços essenciais sejam direcionados para a campanha política, agravando a situação fiscal de Santa Luzia.
Até o momento, nem o prefeito Juscelino Marreca nem a primeira-dama se pronunciaram oficialmente sobre a pré-candidatura ou sobre as acusações de uso da máquina pública.