A base de apoio do governo Lula sofreu um duro golpe esta semana com a declaração de saída da União Progressista (UP), que arrasta consigo mais de 100 deputados federais. Esse movimento sísmico no cenário político brasileiro coloca em xeque a estabilidade da coalizão governista e, diretamente, o futuro de figuras como o Ministro dos Esportes, André Fufuca.
Considerado uma aposta de Lula para a pasta, Fufuca vê sua posição se tornar insustentável.
A União Progressista, um grupo significativo dentro do Congresso, justificou sua decisão de abandonar o governo alegando insatisfação com a condução de algumas pautas e a falta de espaço político para seus membros. A saída em bloco de uma centena de parlamentares representa uma perda substancial de apoio para Lula, que agora precisará rearticular suas alianças para garantir a governabilidade e a aprovação de projetos cruciais.
Para André Fufuca, a situação é dramática. Antes visto como um nome em ascensão, com aspirações a uma cadeira no Senado, o ministro agora enfrenta a iminência de perder a chefia da pasta de Esportes. Sem o respaldo de seu partido dentro da base governista, sua permanência no ministério se torna politicamente inviável. A “fofoca” política, como a ascensão de Fufuca era por vezes chamada, perde toda a sua força.
Com o cenário desfavorável e a provável perda do ministério, as chances de André Fufuca concorrer ao Senado em um futuro próximo parecem mínimas. É mais provável que o ministro seja forçado a retroceder em suas ambições políticas, devendo, com grande certeza, buscar uma nova eleição para deputado federal, tentando se reeleger para o cargo que já ocupou antes de assumir a pasta de Esportes no início do governo Lula.